quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma Curiosidade: Comportamento das Abelhas Recolhendo Geoprópolis

Algumas semanas atrás, transferi uma colônia de jandaíra (M subnitida) de uma caixa, que estava caindo aos pedaços (literalmente), para uma caixa nova. Como as paredes sempre se encontram cobertas de depósitos de própolis e geoprópolis, deixo os pedaços da caixa sobre a mesa para que elas recolham pedacinhos de cera e dos diversos tipos de própolis, mas é claro que sempre em uma distância considerável do meu meliponário para que não haja desentendimento entre as abelhas de espécies distintas. É supreendente observar o trabalho de coleta das abelhas.


Abaixo, há uma pequena sequencia de fotos da mesma placa de geoprópolis, clique nas fotos para ampliá-las:


Primeiro: As abelhas africanizadas lotam a placa, nenhuma outra espécie de abelha por perto, parecem afugentadas, até que...

chegam as abelhas mosquito (P. mosquito). Uma só desafia uma africanizada, zumbindo ao redor delas em vôos rasantes. Em segundos, uma só mosquito, como a circulada em vermelho, consegue espantar cinco africanizadas. É, pra elas tamanho não é documento, é vantagem. rsrs

Em segundos a paisagem sobre as placas muda. Chegam as jandaíras (M subnitida), que ao contrário das africanizadas, parecem ser mais íntimas das mosquito, e juntas, elas começam a coletar geoprópolis, saindo dali com as pequenas corbículas todas carregadas, vão zunindo para suas colônias.





Com o passar dos minutos, as mosquitos abandonam as placas, já que carregam uma carga bem menor do que a carga das jandaíras, o que é evidente, a jandaíra é quase cinco vezes maior que a minúscula e atrevida abelha mosquito. Surge a oportunidade perfeita para as africanizadas, que em poucos instantes afugentam grande parte das jandaíras. Mas é claro que a jandaíra, valente como uma cangaçeira, não permite ser expulsa. Sempre ficam ali umas, é a "resistência", metidas com o abdome para cima, fazendo jus ao sangue de nordestinas.

É sempre surpreendente sentar e observar, e nunca é dispendiosos colocar uma pequena fração de seu dia na contemplação desses exemplos de organização que são as abelhas. Muitas as vezes tenho até sensação de que elas possuem uma espécie de raciocínio, de compreensão, muitas vezes elas parecem até muito humanas, hehe. Mas o mais interessante é a bravura das mosquitos, que desafiam um inimigo muito maior e forte, algo como a história bíblica de Davi e Golias, algo que nos falar lembrar sempre que temos força o suficiente para vencer os obstáculos, por maior que sejam.



Afetuosamente,
Raul Rodrigues





Casa de Mel

     A Unidade Academica de Jundiaí contará em breve com uma Unidade de Processamento de Produtos Apícolas - Casa de Mel que irá atender toda a comunidade processando e envasando mel.
     Para participar desse projeto os apicultores devem se cadastrar no grupo e  participarem dos treinamentos em manejo e qualidade do mel.

Fiquem atentos!

Em breve estaremos anunciando a data de inauguração

Projeto de Pesquisa - Meliponicultura

Estaremos iniciando em abril a pesquisa para localizar e quantificar o numero de meliponicultores no município de Macaíba. A pesquisa também ter por objetivo identificar as espécies e analisar os méis.

Colabore com a pesquisa nos informando nomes e contato de meliponicultores da região.

Campanha visa estimular consumo de mel no Brasil

 Acesse o site, assista o vídeo da campanha e divulgue!
MEL É ALIMENTO NATURAL!!!!!!!!

Acesse o site da campanha clicando na imagem.

Gunthineia Lira

terça-feira, 29 de março de 2011

Quem Somos Nós e Qual é a Nossa Missão

 O blog surgiu com o objetivo de divulgar a meliponicultura e apicultura no Rio Grande do Norte com base nos projetos de pesquisa e extensão da UFRN, com atuação na Escola Agrícola de Jundiaí, localizada no Campus da UFRN no município de Macaíba.
  Macaíba localiza-se há 14 km Natal, no agreste potiguar, às margens do Rio Jundiaí. É uma cidade em franco crescimento socioeconômico de terreno de oportunidades, onde foi instalado recentemente o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, verdadeiro polo de pesquisa neurológicas do Brasil e do mundo.
            Este endereço eletrônico é mantido pelos estagiários e pesquisadores da área de apicultura e meliponicultura, estudantes dos cursos técnico em agricultura, e graduação em Zootecnia,  pela UFRN.  Também é atualizado pela coordenadora de estágio e pesquisa, a Engenheira Agrônoma MSc. Gunthinéia Lira,. Nossa missão é divulgar a importancia do trabalho com as abelhas, com ou sem ferrão, para  disseminação do que consistem essas duas ciências, de técnica e do manejo na produção, preservação das espécies e qualidade de vida e nosso planeta.
                              O grupo de estagiários e a coordenadora (de branco, à direita), 
                                           durante o X Congresso Íberolatinoamericano de 
                                                            Apicultura em Natal\RN


    Um dos nossos projetos, o que chamamos de “Projeto Apis”, trata da avaliação e identificação da utilização de diversas formas de sombreamento em colmeias de Apis mellifera, a abelha africanizada, além da averiguação e determinação das consequências sobre o mel quando há o uso da colmeia de cimento para a produção.
            O outro projeto, o “Projeto Indígena”, tem por objetivo instalar um meliponário no campus de Macaíba, mapear e identificar os meliponários e os meliponicultores do município (assim como as espécies criadas racionalmente) e do potencial da região para a criação de abelhas nativas sem ferrão.
Em breve instalaremos um dos primeiros meliponários de uma universidade federal nordestina em nosso campus, inicialmente um meliponário de pequenas proporções composto por espécies locais como a jandaíra (M subnitida), a mosquito (P mosquito) e a uruçu (M scutellaris),no entanto, pretendemos crescer, e muito. Assim, contamos com a ajuda de todos que tiverem interesse em serem nossos colaboradores (quem sabe até doadores, rs).
            No mais, pretendemos manter esse espaço relativamente sempre atualizado, com novas postagens sobre as abelhas, com ferrão ou não, sobre a cadeia produtiva do mel, a meliponicultura, e a apicultura de uma forma geral.

                                                                                                                                                                                                                                                                     Afetuosamente,
                                                                                                          Raul Rodrigues